terça-feira, 22 de abril de 2014

DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL: ESTÁGIOS OU CICLOS EVOLUTIVOS

O desenvolvimento pessoal e profissional do ser humano faz-se em ciclos de duração variável, mas temporalmente proporcional às etapas de sua evolução consciencial.
Estas etapas são delimitadas pelo fim e pelo início de jornadas vivenciais, a partir das quais podemos observar as transformações no sentir, no pensar e no agir que apresentamos nos âmbitos de nossas vidas pessoais, sociais e profissionais.
Na verdade, retratam a harmonização progressiva que vamos procedendo em nossas vidas ao trabalharmos cada vez mais conscientemente para colocarmos nossos talentos e dons a serviço, não só da nossa personalidade, mas também das exigências da nossa alma, para o cumprimento de sua missão existencial.
Para melhor ilustrarmos estes ciclos e transformações no decorrer da vida, na inevitabilidade de nosso caminho evolutivo para uma consciência holística que integre as responsabilidades com  o nosso ser, com o meio social no qual interagimos e com a totalidade do mundo no qual vivemos, escolhemos o ciclo de transformações por que passam as borboletas: Do ovo para a larva, desta para o casulo e deste para o surgimento da borboleta.
Estes ciclos ou estágios de transformações evolutivas, podem ser comparados àqueles que devemos enfrentar em nossa trajetória da inconsciência – dominada pela personalidade – para a consciência – associada a alma (Helliwell, 1999).

Quando nos encontramos no primeiro estágio – o do ovo – somos inconscientes. Obedientes e jamais questionando as regras que são impostas e assim ficando a mercê do meio ambiente. Em razão desta passividade, somos controlados pelos outros, pelo “entorno”. NOSSAS VIDAS PESSOAL, SOCIAL E PROFISSIONAL (NOSSA CARREIRA) NÃO SÃO PLANEJADAS, ficando “ao sabor dos ventos”.

No segundo estágio de transformação, podemos ser comparados à larva (lagarta). Como as larvas, neste estágio de nossa consciência, manifestamos um apetite voraz, dificilmente saciável. Não percebemos os outros e somos profundamente agressivos, consumindo o máximo que conseguimos, sem observarmos os direitos e necessidades alheias. Pisamos em todos aqueles que surgem em nosso caminho, a fim de alcançarmos nossas metas, predominantemente egoístas.
No nosso mundo atual, na grande maioria de nossas empresas e até na ambiência de muitas famílias, percebemos predominantemente pessoas no estágio da larva. E, não poucas vezes, ao olharmos atentamente nos espelhos, poderemos nos perceber assim.


O terceiro estágio da transformação é o casulo. É um período de repouso e reclusão. É um tempo de introspecção, de afastamento e, por vezes, nos dias de hoje, de atitudes depressivas que se não bem entendidas e adequadamente trabalhadas, podem desaguar em doenças emocionais e físicas.
Quando percebidas naturalmente, aceitas como uma “convocação do nosso ser interno para conversar”, nos afastamos um pouco do turbilhão do mundo, preferindo ambientes mais caseiros e prazeres mais simples. Podemos deixar, por exemplo,  um emprego muitíssimo bem remunerado e estressante, por outra ocupação com menor remuneração, responsabilidades e/ou ambiente organizacional mais saudável.
Na verdade, a fase do casulo é a exigência interior para um tempo e espaço para reflexão. Por isso, talvez não precisemos deixar um “bom emprego”, a não ser que ele não nos ofereça também um “bom trabalho”. Precisamos apenas aprender a colocar limites (trabalhar um número adequado de horas, não levar serviço para casa, passar noites e fins de semana com a família e amigos, buscar atividades prazerosas e por vezes a muito adiadas, etc.), alinhando melhor as exigências da nossa personalidade com os reclamos de nossa alma.
Hoje, existem inúmeras estratégias e profissionais que podem nos auxiliar como um técnico o faria com um atleta em fase de recuperação de lesões ou retorno a treinamentos e às competições, após um período de afastamento.
Nós, é claro, recomendaríamos um Coaching Integral, que com base em uma intervenção profissional holística, trabalhasse interativamente as dimensões do pessoal, do social e do profissional, dimensões estas indissociáveis dentro de nosso mundo atual, globalizado, de total interdependência e, em constante e acelerado processo de transformação.
No atual momento de nossa evolução humana, mais particularmente de nossa sociedade, muitos homens e mulheres estão atravessando o estágio do casulo. Eles mesmos que às vezes, inconscientemente, estão abrindo espaço para permitir que o universo complete seu processo de transformação, como afirma Tanis Helliwell em seu livro Trabalhando com Alma(1999).

 O quarto estágio deste processo de transformação é o surgimento da borboleta. Elas além de serem dotadas de grande beleza, nada destroem em seu caminho. Também são nutridoras, férteis em seus ovos e voam de flor em flor, polinizando-as e, desse modo, asseguram a perpetuação também de outras espécies.
Os seres humanos no estágio da borboleta se libertam das regras quando ameaçam sua sobrevivência pela hostilidade da cultura que defendem, bem como rejeitam os impulsos da personalidade quando estes sinalizam para supressão de sua liberdade e felicidade, ou seja, pelo direito de voarem livres e ao sabor dos ventos evolutivos que brotam em seu interior, soprados pela Consciência Maior que a todos nós Criou.
São muitos os homens e mulheres que já há algum tempo, mesmo dentro da força de trabalho tradicional, estão no estágio das borboletas. São sensíveis aos novos tempos e auxiliam outras pessoas em seu caminho rumo à consciência. Férteis e criativos atraem um novo desenvolvimento para as outras pessoas e para as empresas onde trabalham. ESTES SÃO OS PRECURSORES E GUIAS DOS PRINCÍPIOS DA INTERDEPENDÊNCIA QUE IDENTIFICAM ESTES TEMPOS DE UMA SOCIEDADE E MUNDO EM ACELERADO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HUMANA.



E VOCÊ INTERNAUTA, EM QUE ESTÁGIO ESTÁ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aguarde, seu comentário será publicado.