Na última
postagem iniciamos uma série de abordagens sobre o tema “Relacionamentos”, tendo como foco principal seus impactos na
qualidade da ambiência de trabalho e no sucesso da carreira profissional.
Nesta postagem
falaremos um pouco mais sobre as “transações”
(“unidade básica de relacionamento social”, segundo Eric Berne, criador da
teoria da Análise Transacional – AT), considerado o significante interesse que
esta parte do escrito gerou em alguns profissionais que leram a matéria.
Na AT, os
relacionamentos humanos são compostos basicamente de “transações”, uma palavra de uso amplo no campo comercial;
implicando na troca de bens e serviços entre duas ou mais pessoas ou entidades.
Também na AT a “transação”
tem essa conotação, pela qual “eu lhe dou
alguma coisa, e você me dá alguma coisa em troca”.
Portanto, em AT,
uma “transação” é, na verdade,
“qualquer movimento ou ação que uma pessoa empreende no seu relacionamento com
os outros, provocando no outro, movimento ou ação de volta” (Oliveira, 1984).
Analisando os três
tipos básicos de “transações” considerados
na Teoria da AT (Transações Cruzadas, Ulteriores e Complementares), mais comumente
estimuladas e/ou aceitas por um
indivíduo, podemos perceber a estrutura básica de sua atual personalidade e de
que maneira esta estruturação condiciona seu relacionamento consigo mesmo e com
outras pessoas, tanto em casa, como no trabalho e em outros contextos onde
interaja.
Entendendo como
se estrutura nossa personalidade, poderemos examinar suas transações (formas de
interação) típicas com outras pessoas. Passamos a ter uma percepção mais nítida
e real de adequação ou inadequação, de salubridade ou insalubridade, ou mesmo da
patologia desses nossos tipos de interações mais costumeiras. Assim, poderemos
estabelecer Estratégias para a Mudança do nosso comportamento
interpessoal, naquilo que este comportamento
não satisfaça as próprias expectativas que temos quanto a relacionamentos
saudáveis com os outros, seja em nosso âmbito de vida pessoal e/ou na ambiência
de nosso trabalho e carreira profissional.
Por isso, muitas
vezes em uma intervenção profissional como Coach, empregamos estratégias, técnicas
e ferramentas (instrumentos) para identificar e trabalhar questões como estas, visto
os “ruídos de comunicação” e entraves
que podem provocar nos relacionamentos humanos, impedindo o alcance dos
resultados de realização pessoal e profissional que almejamos.
Acreditamos que
seja próprio registrar ainda nesta postagem, uma distinção entre Coaching e
Terapia, pois comumente ao se comentar sobre o comportamento humano e quanto às
estratégias para intervenção sobre o mesmo, muitos levantam dúvidas sobre esta
questão.
Segundo a
publicação “Coaching Passo a Passo”
(Paiva et ali, 2012), a Terapia tem foco de sua intervenção predominante no
passado e o Coaching foca sua atuação no presente e no futuro; a Terapia busca
diagnosticar e tratar disfunções e tem a cura como meta principal, enquanto o
Coaching trabalha com indivíduos considerados saudáveis, focando a partir do
entendimento das possíveis causas dos comportamentos presentes, considerados
inadequados para o desempenho social e profissional
desejados, uma mudança dos mesmos na direção de um perfil comportamental mais
positivo no futuro.
“Coaching
é, fundamentalmente, um processo para a facilitação da mudança que vai levar aos
resultados desejados: facilitação do movimento de um estado atual (A) para um estado futuro mais desejável (B)”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aguarde, seu comentário será publicado.