quarta-feira, 16 de outubro de 2013

COMPORTAMENTOS TRANSACIONAIS QUE DIFICULTAM RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS: PODEMOS IDENTIFICÁ-LOS

Na última postagem iniciamos uma série de abordagens sobre o tema “Relacionamentos”, tendo como foco principal seus impactos na qualidade da ambiência de trabalho e no sucesso da carreira profissional.
Nesta postagem falaremos um pouco mais sobre as “transações” (“unidade básica de relacionamento social”, segundo Eric Berne, criador da teoria da Análise Transacional – AT), considerado o significante interesse que esta parte do escrito gerou em alguns profissionais que leram a matéria.
Na AT, os relacionamentos humanos são compostos basicamente de “transações”, uma palavra de uso amplo no campo comercial; implicando na troca de bens e serviços entre duas ou mais pessoas ou entidades. Também na AT a “transação” tem essa conotação, pela qual “eu lhe dou alguma coisa, e você me dá alguma coisa em troca”.
Portanto, em AT, uma “transação” é, na verdade, “qualquer movimento ou ação que uma pessoa empreende no seu relacionamento com os outros, provocando no outro, movimento ou ação de volta” (Oliveira, 1984).
Analisando os três tipos básicos de “transações” considerados na Teoria da AT (Transações Cruzadas, Ulteriores e Complementares), mais comumente estimuladas e/ou aceitas  por um indivíduo, podemos perceber a estrutura básica de sua atual personalidade e de que maneira esta estruturação condiciona seu relacionamento consigo mesmo e com outras pessoas, tanto em casa, como no trabalho e em outros contextos onde interaja.








O verdadeiro desafio em questões de relacionamentos, não é encontrarmos novas pessoas ou ambientes para renovarmos as experiências interpessoais, mas sim desenvolver novos olhares e comportamentos quanto as já existentes.


Entendendo como se estrutura nossa personalidade, poderemos examinar suas transações (formas de interação) típicas com outras pessoas. Passamos a ter uma percepção mais nítida e real de adequação ou inadequação, de salubridade ou insalubridade, ou mesmo da patologia desses nossos tipos de interações mais costumeiras. Assim, poderemos estabelecer Estratégias para a Mudança do nosso comportamento interpessoal, naquilo que este comportamento  não satisfaça as próprias expectativas que temos quanto a relacionamentos saudáveis com os outros, seja em nosso âmbito de vida pessoal e/ou na ambiência de nosso trabalho e carreira profissional.
Por isso, muitas vezes em uma intervenção profissional como Coach, empregamos estratégias, técnicas e ferramentas (instrumentos) para identificar e trabalhar questões como estas, visto os “ruídos de comunicação” e entraves que podem provocar nos relacionamentos humanos, impedindo o alcance dos resultados de realização pessoal e profissional que almejamos.
Acreditamos que seja próprio registrar ainda nesta postagem, uma distinção entre Coaching e Terapia, pois comumente ao se comentar sobre o comportamento humano e quanto às estratégias para intervenção sobre o mesmo, muitos levantam dúvidas sobre esta questão.
Segundo a publicação “Coaching Passo a Passo” (Paiva et ali, 2012), a Terapia tem foco de sua intervenção predominante no passado e o Coaching foca sua atuação no presente e no futuro; a Terapia busca diagnosticar e tratar disfunções e tem a cura como meta principal, enquanto o Coaching trabalha com indivíduos considerados saudáveis, focando a partir do entendimento das possíveis causas dos comportamentos presentes, considerados inadequados  para o desempenho social e profissional desejados, uma mudança dos mesmos na direção de um perfil comportamental mais positivo no futuro.








  Coaching é, fundamentalmente, um processo para a facilitação da mudança que vai levar aos resultados desejados: facilitação do movimento de um estado atual (A) para um  estado futuro mais desejável (B).










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