Nesta postagem,
optamos iniciar a discussão das questões em torno do tema “Relacionamentos”, com foco quanto aos impactos dos mesmos na qualidade
da ambiência de trabalho e no sucesso da carreira profissional.
Começamos por
reconhecer a indiscutível importância que os relacionamentos possuem em todos
os âmbitos de nossa vida social e até no velado âmbito de nossa vida interior,
onde muitas vezes os “diálogos internos”
entre nossos três “estados do ego”(Pai,
Adulto e Criança, conforme terminologia utilizada nos estudos de Eric Berne,
criador da Análise Transacional – AT), são tão intensos que não facilitam a
administração dos conflitos em nosso interior e, consequentemente, a partir
destes, também não encontramos facilitação de resolvermos os externos, principalmente
porque outras pessoas, que muito provavelmente como nós , também estão submetidas
a “diálogos internos” similares.
Dentro da abordagem
teórica da Análise Transacional, quando duas ou mais pessoas relacionam-se, ao
interagirem, fazem-no através de seus estados do ego, estabelecendo uma “transação” que para Eric Berne autor da
Teoria da AT,é uma “unidade básica de
relacionamento social”(vide “Jogos da
Vida”, Artenova, São Paulo, 1974).
Estas interações,
iniciadas nos relacionamentos a partir de um estímulo verbal ou não verbal
básico(chamado “estímulo transacional” na AT), recebe da outra ou outras pessoas em reposta,
também manifestação (s) verbal(s) e/ou não verbal(s) (denominada “resposta transacional”).
Infelizmente,
quando a(s) resposta(s) obtida(s) não condiz(em) com a(s) esperada(s), estabelecem-se
conflitos iniciais nos relacionamentos, que dependendo da forma de administração
dos mesmos, podem ser resolvidos ou intensificados.
Em função de
questões tão costumeiras e aparentemente simples como estas levantadas na
teorização da AT, mas de fortes impactos no dia-a-dia de nossas vidas na ambiência
do trabalho, é que cursos, seminários e programas de treinamento em Relações
Humanas apresentam cada vez maior frequência nas empresas. Na verdade, todas
estas iniciativas buscam alterar, para
melhor, o entendimento quanto a importância de atualizarmos nossos padrões comportamentais
nos relacionamentos e de exercitarmos
estratégias para que possamos concretamente modificá-los positivamente em nosso
cotidiano, dentro de nossa prática
funcional e exercício profissional.
Outro exemplo de
necessária modificação do padrão de nossos relacionamentos, inclusive
ao nível de nossa individualidade, é quando resolvemos redefinir o
relacionamento que nossa Personalidade vem mantendo com a Vida e o Trabalho, sem considerar os
reclamos de nossa Alma, conforme já postado em matéria anterior neste
blog.
No obstante, o já
comentado nesta postagem inicial dirigida ao tema dos relacionamentos,
desejamos ainda firmar, parafraseando o livro “Os 100 Segredos dos Bons Relacionamentos” (Nivem, 2003), que bons relacionamentos exigem equilíbrio: Portanto,
nenhuma das partes pode ser mais importante , nenhuma pode ficar mais
envolvida ou empenhada que a outra. Nenhuma
das duas pode tomar todas as decisões e, consequentemente guardar sozinha as
responsabilidades. Nenhuma pode fazer todos os sacrifícios. Em um
relacionamento saudável, nenhuma das partes desempenha o papel principal
sempre, pois sem equilíbrio, mesmo na relação de direitos e deveres mais
claramente explícita no mundo profissional, não existe um relacionamento
qualitativamente saudável.
Qualquer que
seja a natureza dos relacionamentos, sejam os de ordem parental, os puramente afetivo
sociais, os profissionais, os organizacionais e, assumo afirmar, até nos
espirituais, não há a “parte
constantemente mais importante”. Cada parte é igualmente importante à
relação, revezando-se uma com a outra, conforme suas sazonalidades de atuação,
considerado o papel inerente a cada uma,
dentro de cada etapa destes relacionamentos.
É restrita e
reducionista, embora não pouco comum o entendimento de relacionamentos mantidos
prioritariamente com base em posições antecipadamente definidas, seja em função
de classes sociais, hierarquias institucionais, organizacionais e outras tantas
distorções alimentadas, principalmente, pela rigidez relacional gerada pela ambição
ao poder, pela vaidade, pelo orgulho, pela prepotência e por outras tantas imperfeições
originadas ainda pelos atrasos evolutivos em nossa natureza humana.
O que mais nos diferencia
quanto a importância dentro dos relacionamento que estabelecemos é a
consciência e a consequente responsabilidade com que cada um de nós se empenha
e desempenha a parte que nos cabe nos mesmos.
Portanto,
lembre-se sempre de lembrar e nunca esquecer que “Um Relacionamento Saudável Começa com Você”.
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