terça-feira, 8 de outubro de 2013

A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL



Nesta postagem, optamos iniciar a discussão das questões em torno do tema “Relacionamentos”, com foco quanto aos impactos dos mesmos na qualidade da ambiência de trabalho e no sucesso da carreira profissional.

Começamos por reconhecer a indiscutível importância que os relacionamentos possuem em todos os âmbitos de nossa vida social e até no velado âmbito de nossa vida interior, onde muitas vezes os “diálogos internos” entre nossos três “estados do ego”(Pai, Adulto e Criança, conforme terminologia utilizada nos estudos de Eric Berne, criador da Análise Transacional – AT), são tão intensos que não facilitam a administração dos conflitos em nosso interior e, consequentemente, a partir destes, também não encontramos facilitação de resolvermos os externos, principalmente porque outras pessoas, que muito provavelmente como nós , também estão submetidas a “diálogos internos” similares.

Dentro da abordagem teórica da Análise Transacional, quando duas ou mais pessoas relacionam-se, ao interagirem, fazem-no através de seus estados do ego, estabelecendo uma “transação” que para Eric Berne autor da Teoria da AT,é uma “unidade básica de relacionamento social”(vide “Jogos da Vida”, Artenova, São Paulo, 1974).

Estas interações, iniciadas nos relacionamentos a partir de um estímulo verbal ou não verbal básico(chamado “estímulo transacional”  na AT), recebe da outra ou outras pessoas em reposta, também manifestação (s) verbal(s) e/ou não verbal(s) (denominada “resposta transacional”).
Infelizmente, quando a(s) resposta(s) obtida(s) não condiz(em) com a(s) esperada(s), estabelecem-se conflitos iniciais nos relacionamentos, que dependendo da forma de administração dos mesmos, podem ser resolvidos ou intensificados.

Em função de questões tão costumeiras e aparentemente simples como estas levantadas na teorização da AT, mas de fortes impactos no dia-a-dia de nossas vidas na ambiência do trabalho, é que cursos, seminários e programas de treinamento em Relações Humanas apresentam cada vez maior frequência nas empresas. Na verdade, todas estas iniciativas buscam alterar,  para melhor, o entendimento quanto a importância de atualizarmos nossos padrões comportamentais nos  relacionamentos e de exercitarmos estratégias para que possamos concretamente modificá-los positivamente em nosso cotidiano,  dentro de nossa prática funcional e exercício profissional.

Outro exemplo de necessária modificação do padrão de nossos relacionamentos,  inclusive  ao nível de nossa individualidade, é quando resolvemos redefinir o relacionamento que nossa Personalidade vem mantendo com a Vida  e o Trabalho, sem considerar os reclamos de nossa Alma, conforme já postado em matéria anterior neste blog.

No obstante, o já comentado nesta postagem inicial dirigida ao tema dos relacionamentos, desejamos ainda firmar, parafraseando o livro “Os 100 Segredos dos Bons Relacionamentos” (Nivem, 2003), que bons relacionamentos exigem equilíbrio: Portanto, nenhuma das partes pode ser mais importante , nenhuma pode ficar mais envolvida  ou empenhada que a outra. Nenhuma das duas pode tomar todas as decisões e, consequentemente guardar sozinha as responsabilidades. Nenhuma pode fazer todos os sacrifícios. Em um relacionamento saudável, nenhuma das partes desempenha o papel principal sempre, pois sem equilíbrio, mesmo na relação de direitos e deveres mais claramente explícita no mundo profissional, não existe um relacionamento qualitativamente saudável.

Qualquer que seja a natureza dos relacionamentos, sejam os de ordem parental, os puramente afetivo sociais, os profissionais, os organizacionais e, assumo afirmar, até nos espirituais, não há a “parte constantemente mais importante”. Cada parte é igualmente importante à relação, revezando-se uma com a outra, conforme suas sazonalidades de atuação, considerado o papel  inerente a cada uma, dentro de cada etapa destes relacionamentos.

É restrita e reducionista, embora não pouco comum o entendimento de relacionamentos mantidos prioritariamente com base em posições antecipadamente definidas, seja em função de classes sociais, hierarquias institucionais, organizacionais e outras tantas distorções alimentadas, principalmente, pela rigidez relacional gerada pela ambição ao poder, pela vaidade, pelo orgulho, pela prepotência e por outras tantas imperfeições originadas ainda pelos atrasos evolutivos em nossa natureza humana.

O que mais nos diferencia quanto a importância dentro dos relacionamento que estabelecemos é a consciência e a consequente responsabilidade com que cada um de nós se empenha e desempenha a parte que nos cabe nos mesmos.








Portanto, lembre-se sempre de lembrar e nunca esquecer que “Um Relacionamento Saudável Começa com Você”.







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