O
desenvolvimento pessoal e profissional do ser humano faz-se em ciclos de
duração variável, mas temporalmente proporcional às etapas de sua evolução
consciencial.
Estas
etapas são delimitadas pelo fim e pelo início de jornadas vivenciais, a partir
das quais podemos observar as transformações no sentir, no pensar e no agir que
apresentamos nos âmbitos de nossas vidas pessoais, sociais e profissionais.
Na
verdade, retratam a harmonização progressiva que vamos procedendo em nossas
vidas ao trabalharmos cada vez mais conscientemente para colocarmos nossos
talentos e dons a serviço, não só da nossa personalidade, mas também das
exigências da nossa alma, para o cumprimento de sua missão existencial.
Para
melhor ilustrarmos estes ciclos e transformações no decorrer da vida, na
inevitabilidade de nosso caminho evolutivo para uma consciência holística que
integre as responsabilidades com o nosso
ser, com o meio social no qual interagimos e com a totalidade do mundo no qual
vivemos, escolhemos o ciclo de transformações por que passam as borboletas: Do ovo para a larva, desta para o casulo e
deste para o surgimento da borboleta.
Estes
ciclos ou estágios de transformações evolutivas, podem ser comparados àqueles
que devemos enfrentar em nossa trajetória da inconsciência – dominada pela
personalidade – para a consciência – associada a alma (Helliwell, 1999).
Quando nos encontramos no primeiro estágio – o do ovo –
somos inconscientes. Obedientes e jamais questionando as regras que são
impostas e assim ficando a mercê do meio ambiente. Em razão desta passividade,
somos controlados pelos outros, pelo “entorno”.
NOSSAS
VIDAS PESSOAL, SOCIAL E PROFISSIONAL (NOSSA CARREIRA) NÃO SÃO PLANEJADAS, ficando “ao sabor dos ventos”.
No segundo estágio de transformação, podemos ser comparados à
larva (lagarta). Como as larvas, neste estágio de nossa consciência, manifestamos
um apetite voraz, dificilmente saciável. Não percebemos os outros e somos
profundamente agressivos, consumindo o máximo que conseguimos, sem observarmos
os direitos e necessidades alheias. Pisamos em todos aqueles que surgem em
nosso caminho, a fim de alcançarmos nossas metas, predominantemente egoístas.
No nosso
mundo atual, na grande maioria de nossas empresas e até na ambiência de muitas
famílias, percebemos predominantemente pessoas no estágio da larva. E, não
poucas vezes, ao olharmos atentamente nos espelhos, poderemos nos perceber
assim.
O terceiro estágio da transformação é o casulo. É um período
de repouso e reclusão. É um tempo de introspecção, de afastamento e, por vezes,
nos dias de hoje, de atitudes depressivas que se não bem entendidas e
adequadamente trabalhadas, podem desaguar em doenças emocionais e físicas.
Quando
percebidas naturalmente, aceitas como uma “convocação
do nosso ser interno para conversar”, nos afastamos um pouco do turbilhão
do mundo, preferindo ambientes mais caseiros e prazeres mais simples. Podemos
deixar, por exemplo, um emprego
muitíssimo bem remunerado e estressante, por outra ocupação com menor
remuneração, responsabilidades e/ou ambiente organizacional mais saudável.
Na
verdade, a fase do casulo é a exigência interior para um tempo e espaço para
reflexão. Por isso, talvez não precisemos deixar um “bom emprego”, a não ser que ele não nos ofereça também um “bom trabalho”. Precisamos apenas
aprender a colocar limites (trabalhar um número adequado de horas, não levar
serviço para casa, passar noites e fins de semana com a família e amigos,
buscar atividades prazerosas e por vezes a muito adiadas, etc.), alinhando
melhor as exigências da nossa personalidade com os reclamos de nossa alma.
Hoje,
existem inúmeras estratégias e profissionais que podem nos auxiliar como um
técnico o faria com um atleta em fase de recuperação de lesões ou retorno a
treinamentos e às competições, após um período de afastamento.
Nós, é
claro, recomendaríamos um Coaching Integral, que com base em uma intervenção
profissional holística, trabalhasse interativamente as dimensões do pessoal, do
social e do profissional, dimensões estas indissociáveis dentro de nosso mundo atual,
globalizado, de total interdependência e, em constante e acelerado processo de
transformação.
No atual
momento de nossa evolução humana, mais particularmente de nossa sociedade,
muitos homens e mulheres estão atravessando o estágio do casulo. Eles mesmos
que às vezes, inconscientemente, estão abrindo espaço para permitir que o
universo complete seu processo de transformação, como afirma Tanis Helliwell em
seu livro Trabalhando com Alma(1999).
O quarto estágio deste processo de transformação é o
surgimento da borboleta. Elas além de serem dotadas de grande beleza, nada
destroem em seu caminho. Também são nutridoras, férteis em seus ovos e voam de
flor em flor, polinizando-as e, desse modo, asseguram a perpetuação também de
outras espécies.
Os seres
humanos no estágio da borboleta se libertam das regras quando ameaçam sua
sobrevivência pela hostilidade da cultura que defendem, bem como rejeitam os
impulsos da personalidade quando estes sinalizam para supressão de sua
liberdade e felicidade, ou seja, pelo direito de voarem livres e ao sabor dos
ventos evolutivos que brotam em seu interior, soprados pela Consciência Maior
que a todos nós Criou.
São muitos os homens e mulheres que já há algum tempo, mesmo
dentro da força de trabalho tradicional, estão no estágio das borboletas. São
sensíveis aos novos tempos e auxiliam outras pessoas em seu caminho rumo à
consciência. Férteis e criativos atraem um novo desenvolvimento para as outras
pessoas e para as empresas onde trabalham. ESTES SÃO OS PRECURSORES E GUIAS
DOS PRINCÍPIOS DA INTERDEPENDÊNCIA QUE IDENTIFICAM ESTES TEMPOS DE UMA
SOCIEDADE E MUNDO EM ACELERADO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HUMANA.
E
VOCÊ INTERNAUTA, EM QUE ESTÁGIO ESTÁ?