Em nossa última postagem,
falamos que uma Atitude
Adequada pode ser o passaporte para uma mudança da
qualidade e resultados dos nossos relacionamentos, seja no âmbito de nossa vida
pessoal, como na esfera de nosso espaço de exercício profissional.
Mas, em que pilares
devem basear-se esta ATITUDE?
Na presente postagem,
portanto, vamos comentar sobre a questão, nos valendo das ideias de Albert
Schweitzer(1875 – 1965), músico, filósofo, médico, missionário, teólogo e que
recebeu por seu trabalho humanitário o Prêmio Nobel da Paz
Schweitzer defendia a ideia
que boas pessoas, inclusive quando na prática de seu exercício profissional,
constroem suas Vidas e Carreiras com base
no
RESPEITO.
Segundo ele, a ATITUDE DE RESPEITO, firma-se em Quatro
Pilares fundamentais: Boas maneiras, Linguagem, Respeitar Regras e Valorizar as
Diferenças.
O primeiro pilar, Boas Maneiras,
observa-se através de cortesia, respeito ao outro, polidez, gentileza,
consideração, etiqueta, solicitude, afabilidade, etc., refletem nossas formas
de lidar com os outros, revelam como nós somos e sempre será um dos fatores
chave para determinar em que medida teremos aceitação e sucesso, seja como
pessoas ou como profissionais.
Citados por Hal Urban (2004),
Tom Peters e Robert Waterman escreveram na obra Em Busca da Excelência: “Trate as pessoas
como adultos. Trate-as como parceiros; trate-as com dignidade, trate-as com
respeito”.
Em Matheus 7:12, está
escrito: “Trate
as pessoas como gostaria de ser tratado...”
O segundo pilar e não menos
importante é a Linguagem.
Lucas, 6:45, escreveu: “As palavras de um homem
sempre vão expressar o que está guardado em seu coração”.
Realmente, mais cedo ou mais
tarde, por mais que tentemos disfarçar, acabaremos por sinalizar ao nosso
entorno social, o que verdadeiramente está presente em nossos corações e mente
– Nossa Linguagem e
Expressão nos Revelará.
Infelizmente, muitas pessoas,
tanto no âmbito de suas vidas pessoais, como no espaço de seu exercício
profissional, permitem que predomine uma linguagem desqualificatória e, não
raramente, preconceituosa. É o negativo predominando sobre o positivo.
Boas pessoas e bons
profissionais desenvolvem sensibilidade e atenção, escolhendo as palavras que
dirigem a outros, sejam eles subalternos, pares de nível similar ou superiores
hierárquicos, pois têm consciência de que: “O que sai de nossas
bocas e emana de nossa expressão corporal, realmente revela o que está contido
em nossos corações”.
O terceiro pilar, Respeitar Regras,
em nossos dias parece até ter saído de um conto de fadas.
No entanto, parafraseando
Aristóteles, acreditamos que quando obedecemos as leis, as regras como um todo,
estamos ajudando indiretamente a busca pela felicidade e estabilidade pessoal e
social, traçando transparentemente o limite entre os direitos e os deveres que
devem nortear qualquer organização humana, dando referências e limites para que
possamos nos relacionar adequadamente nos âmbitos internos e externos de nossas
vidas e carreiras profissionais.
Regras não foram feitas para
serem quebradas e sim observadas. Quando revelam-se inadequadas, devem ser
debatidas e discutidas, sendo atualizadas, sempre que necessário, em benefício da ordem social e observando-se o
bem comum.
Respeitar regras tem a ver
sim com o sucesso. Um sucesso que transcende inclusive o limite da existência
humana na terra.
O quarto pilar, Valorizar as
Diferenças, pode ser incialmente considerado a partir da citação de
Thomas Merton: “A
Verdade nunca se tornará clara enquanto partirmos do pressuposto de que cada um
de nós, individualmente, ocupa o centro do universo”.
Um dos primeiros ensinamentos
em todas as tradições sapienciais e, infelizmente, de difícil aprendizagem e
prática, é NÃO
JULGAR OS OUTROS.
Mas, por que a maioria de nós
julga a outros? Na maior parte dos casos, é porque somos muito centrados em nós
mesmos e acreditamos que a percepção que temos da verdade é a melhor ou até a
única existente.
Costumamos projetar nossos
pensamentos e sentimentos na realidade externa, nos outros, cometendo o erro de
confundir a realidade com a limitada percepção que temos dela (Hal Urban,
2004).
A maioria dos nossos
julgamentos e consequentes críticas às pessoas e colegas profissionais, é
apenas porque fazem as coisas de uma forma diferente daquela que fazemos ou, em
hipótese pior, daquela que “achamos” ser
a mais correta.
Somos todos frutos de nossa
herança existencial, que acredito transcender em muito ao limitado período
desta vida. Portanto, ninguém leva uma vida “certa ou errada”, embora todos tenhamos a responsabilidade existencial
de buscar ultrapassar os atuais limites existentes, considerados os nossos canais
físico, intelectual, emocional, social e espiritual.
Certamente, quanto mais apreendermos
a respeitar, entender e valorizar o que somos e o que os outros são, independentemente
das diferenças que percebamos entre nós e eles, estaremos mais próximos de
desenvolver uma adequada e própria reverência pela vida, tanto a nossa, como a
de nossos companheiros de caminhada –“ Respeito por esta maravilhosa oportunidade que todos temos de
aprender”.
E como afirmou Dag
Hammarskjôld, sempre que tivermos dúvidas podemos recorrer ao estudo e a
reflexão, buscando com os nossos corações respostas ... “Na estante da vida, Deus é uma obra de
referência muito útil, sempre à mão, mas raramente consultada”.
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