A partir da
postagem sobre o tema “Trabalho Significativo:
Resultado da Parceria Consciente da Personalidade com a Alma” tem sido também
significativo o número dos acessos que em retorno têm levantado interesse em
saber mais sobre espiritualidade nas empresas. Isso é muito bom!
No entanto,
preferimos abordar o tema numa perspectiva mais ampla do que restringir a
responsabilidade sobre a questão ao âmbito das empresas. Na verdade a
espiritualidade deve ser percebida como indispensável ao trabalho do ser humano
e, portanto, sobre sua responsabilidade direta, não podendo ser repassada a
terceiros para poder acontecer.
O Dr. Pierre
Weil, grande mobilizador do Movimento Holístico no Brasil e primeiro Reitor da
Universidade da Paz – UNIPAZ, costumava afirmar que a paz começava realmente no
interior de cada homem, sendo aí, portanto, que primeiro deveria ser cultivada
por cada um.
Parafraseando o
inesquecível mestre de nossa Formação Holística de Base na UNIPAZ/RJ, afirmamos
que a Espiritualidade no Trabalho começa no interior de cada ser humano, a
partir de sua conscientização quanto à importância de promover em seu próprio
benefício e do mundo, uma amadurecida parceria entre sua missão existencial e
seu preparo e prática profissional, ou seja, atendendo os reclamos de sua alma
quanto ao trabalho que tem compromisso evolutivo de realizar em sua existência
terrena e a responsabilidade de preparar-se competentemente para realizá-lo no
mundo, com o natural e justo retorno material necessário a digna sobrevivência de
sua personalidade e, também naturalmente,
com as contribuições de qualidade esperadas do mesmo pelos segmentos sociais
(instituições e clientes) que nele investem direta e indiretamente, seus recursos
materiais e suas expectativas de resultados – ISSO É TRABALHAR COM ALMA.
“A sociedade
ocidental tem fomentado crenças – acerca do tipo de trabalho que devemos
desenvolver, sobre a maneira como devemos realiza-lo e por quanto tempo – que talvez
não se coadunem com a vocação de nossa alma individual. O trabalho
significativo é essencial para a evolução humana e pode ser qualquer coisa, contanto que nos aprimore
e acrescente valor ao mundo” (Helliwell, 1999)
As empresas
podem nos auxiliar ou dificultar na efetivação desta responsabilidade
existencial. No entanto, jamais poderão nos obrigar ou impedir de realizá-la,
por melhor ou pior que sejam as condições ambientais que nos ofereçam.
Como costumamos
falar no processo de Coaching, “lembre-se
sempre de se lembrar de nunca esquecer que” somos sempre os resultados de
nossas Escolhas e Ações e que estas
são os resultados de nossos pensamentos mais presentes. Lembre-se sempre de se
lembrar e nunca esquecer que os empregos pertencem às instituições e, consequentemente,
adquirem a cor e a sintonia vibracional
da cultura organizacional que possuem e sobre a qual suas lideranças vitalícias
e/ou sazonais guardam responsabilidade. No entanto, o trabalho que nela
desenvolvemos pertence ao âmbito de nossa responsabilidade existencial e
profissional.
Portanto, somos
nós que por ele vamos ter que responder, inclusive através do “rastro” que deixaremos em nossas carreiras profissionais.
Lembre-se sempre de se lembrar e de
nunca esquecer que a SEMEADURA É OPCIONAL, MAS A COLHEITA É OBRIGATÓRIA.
Eugenio
da Silva Corrêa
Coach
de Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Prezado Mestre Eugênio, muito se fala e se cobre em relação ao "comprometimento" das pessoas com as organizações. Mas na maioria das vezes este comprometimento é só de corpo, pois de alma ficamos devendo.... A razão desta dissonância é exatamente por não percebermos que as empresas não nos vêem como pessoas, mas apenas como números, matrículas, recursos, corpos produtivos.... A gestão de pessoas pressupõe um outro olhar sobre cada um que está em uma empresa, considerando sua história, seus desejos,seus sonhos e suas potencialidades. Se não somos capazes de olhar para o que temos de potencial ficamos circunscritos ao que temos de realizações e dos pontos fracos. É a visão do "aqui e agora" que predomina e que, exatamente por isso, não projeta futuros melhores, não constrói cenários possíveis e nem aposta num longo prazo melhor para TODOS. Cultuamos assim o imediatismo e colhemos "resultados de gelo", que em muito pouco tempo derretem-se à espera de novas pedras que também se derreterão não deixando nada mais do que uma poça em seu lugar... Um fraterno abraço!
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