Desde que foi postado o tema
“Desenvolvimento Pessoal e Profissional:
Estágios ou Ciclos Evolutivos”,
temos recebido vários contatos de amigos internautas que dizem terem se
auto localizados em um dos estágios ou ciclos evolutivos descritos no texto, ou
mesmo percebendo-se em oscilação entre dois deles.
A grande maioria percebe-se
no ciclo da lagarta (larva), seguidos por um grupo menor que se veem no estágio
do casulo.
Não recebemos feedback de
frequentadores do blog que se identificaram com os estágios do ovo e nem da
borboleta, embora seja provável que existam.
Por isso, sugerimos a todos
que revejam a matéria publicada sob o título “Núcleo de Equilíbrio e Desenvolvimento do Ser – NEDS", em
02/04/2014, onde comentamos, entre outros pontos, sobre três níveis de
consciência: Dependência, Independência e Interdependência.
Estes três estágios
evolutivos da consciência humana, podem ser facilmente correlacionados aos
quatro ciclos ou também estágios do Ciclo Evolutivo das Borboletas.
Pessoas no nível consciencial de dependência, são aqueles indivíduos que ainda estão,
predominantemente, no estágio do ovo se considerarmos o modelo referencial
fornecido pelo ciclo evolutivo das borboletas. São geralmente inconscientes
quanto à realidade pessoal, social e profissional de suas vidas, como foi
comentado na postagem. Não prejudicam, portanto, intencionalmente sua
ambiência, mas tampouco fazem algo consciente e intencionalmente para
melhorá-la.
Pessoas no nível consciencial de
independência,
podem ser correlacionadas, conceitualmente, ao estágio das lagartas (larvas).
Ser independente não é ruim para si próprio e nem precisa ser para os outros.
Nos permite fazer escolhas baseadas nas nossas necessidades e interesses quanto
ao nível qualitativo que desejamos para o bem estar pessoal, social e
profissional que almejamos.
O problema é quando as nossas
decisões e atitudes ultrapassam os limites de nosso direito, invadindo o espaço
alheio.
Para que isso não aconteça, é
imperioso que recorramos sempre a nossa consciência, de onde certamente emergirão os princípios ético morais do
direito, que sempre devem anteceder a utilização de seus princípios técnicos, por vezes inadequadamente
explorados pelos “malabares”
irresponsáveis desta bela e importante área de atuação profissional.
Na dúvida, o que é normal
neste nosso mundo atual, poderemos sempre recorrer a um antigo ditado ensinado
às crianças: “Não fazer mau aos outros
e e nem a si também, eis o bem”.
Por outras
inspirações e formas, podemos também falar assim:
..."Tudo
quanto queres que os outros façam para ti faze-o também para eles..."(Cristianismo);
"Não faças aos outros aquilo que não queres que eles te façam"(Confucionismo);
"De cinco maneiras um verdadeiro líder deve tratar seus amigos e
dependentes: com generosidade, cortesia, benevolência, dando o que deles espera
receber sendo tão fiel quanto à sua
própria palavra"(Budismo); "Não faças aos outros aquilo que,
se a ti fosse feito, causar-te-ia dor"(Hinduísmo); "Ninguém
pode ser um crente até que ame o seu irmão como a si mesmo"(Islamismo);
"Julga aos outros como a ti mesmo julgas. Então participarás do Céu"(Sikhismo);
"Na felicidade e na infelicidade, na alegria e na dor, precisamos
olhar todas as criaturas assim como olhamos a nós mesmos"(Jainismo);
"A Natureza só é amiga quando não fazemos aos outros nada que não seja bom
para nós mesmos" (Zoroastrismo); "Considera o lucro do teu
vizinho como teu próprio e o seu prejuízo como se também fosse teu" (Taoísmo)
e "Não faças ao teu
semelhante aquilo que para ti mesmo é doloroso" (Judaísmo).
Quando começamos a perceber
nossa vida dentro deste perspectiva responsável de interdependência, podemos
nos considerar no estágio do casulo e lembrar Richard Bach quando escreveu “O que a larva (lagarta)chama de fim do
mundo, o mestre chama de borboleta”.
A partir daí, harmonizando
perseverança nas intenções e paciência com os progressivos, mas irreversíveis
passos dentro do nosso tempo evolutivo, caminhamos para o estágio da borboleta – nível consciencial de
interdependência
.
Conforme afirma Tannis
Helliwell(1999), ao comentar o processo de transformação, tanto pessoal como
organizacional, considerada a ampliação da consciência: ...
“A
iluminação ocorre quando as necessidades da personalidade individual deixam de
ser tão importantes quanto a nossa preocupação com o todo. Como só podemos ser
totalmente eficazes na transformação do local de trabalho e do mundo se
colocarmos a nossa própria casa em ordem, esse dever ser o nosso primeiro
passo. Ainda assim, não podemos esperar que nos tronemos perfeitos antes de
começarmos a agir no mundo e – se permitirmos- o mundo e a vida nos
transformarão diariamente, defeituosos, imperfeitos, mas com a motivação
correta, devemos dar os passos que a nossa alma nos indica, mesmo que pouco
claros ou confusos.”
É
tempo de se livrar do “Eu” e abrir o coração para acolher o
eterno “Nós”.
Vamos Voar?
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