sexta-feira, 30 de maio de 2014

HARMONIZAÇÃO DE NOSSA VIDA E TRABALHO COM OS CICLOS DA NATUREZA


Nas duas últimas postagens comentamos sobre os níveis de consciência do ser humano e estabelecemos relações entre eles e os estágios ou ciclos de vida das borboletas.
Na verdade, se percebêssemos com mais sensibilidade e atenção a natureza da qual somos partes integrantes e interativamente participantes, certamente, mais claramente compreenderíamos e conscientemente aturaríamos nos âmbitos pessoal, profissional e social de nossas existências, buscando sempre harmonizá-los como os ciclos naturais da vida no planeta, pois acreditando ou não nisto, somos influenciados e influenciamos com nossos sentimentos, pensamentos e ações cada um deles.
Por termos compreendido e, portanto aceitado a realidade destas relações tão belamente apresentadas por Tanis Helliwell(1999), consideramos próprio comentarmos sobre a necessária harmonia que devemos manter com os chamados ciclos naturais, como as quatro estações do anos, os ciclos mensais e os ciclos diários.
Para iniciar, enfocaremos as relações que existem entre as quatro estações do ano e o nosso próprio ritmo interior, bem como da propriedade de expressarmos a consciência quanto a estas relações em nossa atuação no entorno onde vivemos.

A Primavera, por exemplo, é um período excelente para gerarmos ideias, iniciar novos empreendimentos ou experimentarmos coisas novas, ainda não tentadas. Por quê?
Por ser esta a estação do novo crescimento, o tempo em que a terra nos dá energia abundante para romper o novo solo. É a estação que libera a energia pioneira do planeta, podendo ser usada para dissipar a resistência. Essa energia pode ser percebida claramente através da observação de como a semente rompe o solo rígido do inverno para brotar, gerando uma nova planta.

No Verão, podemos constatar a estação da fertilidade, através da continuidade que dá a energia gerada pela primavera ao “começar algo novo”. Por isso, é a época própria para darmos prosseguimento ao que já começamos. É o período da produtividade e da abundância, quando a natureza realiza muito em  pouco tempo.
Para nós, o Verão propicia um tempo de sucesso e realizações, época de portas facilmente abertas em nosso trabalho e na vida como um todo.
É importante relembrarmos que não estamos falando do Verão real e sim do Verão de nossas vidas, como anteriormente comentamos sobre uma primavera existencial. O Verão de uma pessoa ou empresa, por exemplo, pode durar muitos anos.


Nesta linha de reflexão, estabelecendo correlações entre os estágios ou ciclos , seja de nossas vidas, empresas e/ou projetos onde atuamos, devemos estar atentos à chegada da estação do Outono, época de finalizar etapas, de decidir que projetos ou trabalho manter, o que reduzir ou eliminar em nossos empreendimentos pessoais, profissionais e/ou sociais. Embora ainda estejamos produtivos no Outono, nosso ritmo tende a ir mais devagar, num processo natural para o inverno que sucederá naturalmente a este Outono em andamento.

E a estação do Inverno? Esta, quando correlacionada com nossas vidas, pode sinalizar para
um necessário período de descanso. Um momento para nos encasularmos e nos desapegarmos do que não estiver em compasso com o que a nossa alma deseja que façamos.
Esse pode ser o período adequado para refletirmos sobre a mudança de direção em nossas vidas e trabalhos. De diminuirmos o ritmo diário de nossas atividades e horas de exercício profissional. É o período propício para ocuparmos uma boa parte do nosso tempo com reflexões sobre nós mesmos e de simplesmente sermos.
É verdade que em nossa atualidade social não é valorizada uma atitude que propicie o vazio, o silêncio e a reflexão. Não nos permitimos ao exercício do desapego daquilo que amealhamos, a menos que tenhamos mínimas garantias de algo em substituição.


No entanto, dentro da linha de pensamento e correlações que estamos defendendo, não podemos nos esquecer que sem um Inverno, não haveria terra de plantio que permitisse o afloramento dos anseios do nosso inconsciente, que é necessário para a ativação de nosso processo criativo. É o recolher para em seguida expandir, como naturalmente fez toda natureza e que tão bem representa em suas belas formas a Arte Marcial do Tai-Chi-Chuan, que desenvolveu-se a partir da observação dos ciclos e movimentos da natureza.


Precisamos dos Invernos em nossas vidas, se desejarmos também oportunizar que as sementes brotem em novas  Primaveras.
Para vivermos parte da integralidade de tudo que somos,  atentos não só aos reclamos de nossa personalidade, mas também aos sussurros de nossa alma, é indispensável que nos empenhemos conscientemente em vivermos e trabalharmos em conformidade com os ciclos da natureza, divinamente projetados também  em nossas  existências pelo Criador.

E você, internauta, costuma respeitar os ciclos das estações da vida?





domingo, 18 de maio de 2014

NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA E ESTÁGIOS OU CICLOS EVOLUTIVOS: CORRELAÇÕES, AUTO AVALIAÇÃO E DECISÃO


Desde que foi postado o tema “Desenvolvimento Pessoal e Profissional: Estágios ou Ciclos Evolutivos”,  temos recebido vários contatos de amigos internautas que dizem terem se auto localizados em um dos estágios ou ciclos evolutivos descritos no texto, ou mesmo percebendo-se em oscilação entre dois deles.
A grande maioria percebe-se no ciclo da lagarta (larva), seguidos por um grupo menor que se veem no estágio do casulo.
Não recebemos feedback de frequentadores do blog que se identificaram com os estágios do ovo e nem da borboleta, embora seja provável que existam.
Por isso, sugerimos a todos que revejam a matéria publicada sob o título “Núcleo de Equilíbrio e Desenvolvimento do Ser – NEDS", em 02/04/2014, onde comentamos, entre  outros pontos, sobre três níveis de consciência: Dependência, Independência e Interdependência.

Estes três estágios evolutivos da consciência humana, podem ser facilmente correlacionados aos quatro ciclos ou também estágios do Ciclo Evolutivo das Borboletas.
Pessoas no nível consciencial de dependência, são aqueles indivíduos que ainda estão, predominantemente, no estágio do ovo se considerarmos o modelo referencial fornecido pelo ciclo evolutivo das borboletas. São geralmente inconscientes quanto à realidade pessoal, social e profissional de suas vidas, como foi comentado na postagem. Não prejudicam, portanto, intencionalmente sua ambiência, mas tampouco fazem algo consciente e intencionalmente para melhorá-la.

Pessoas no nível consciencial de independência, podem ser correlacionadas, conceitualmente, ao estágio das lagartas (larvas). Ser independente não é ruim para si próprio e nem precisa ser para os outros. Nos permite fazer escolhas baseadas nas nossas necessidades e interesses quanto ao nível qualitativo que desejamos para o bem estar pessoal, social e profissional que almejamos.
O problema é quando as nossas decisões e atitudes ultrapassam os limites de nosso direito, invadindo o espaço alheio.
Para que isso não aconteça, é imperioso que recorramos sempre a nossa consciência, de onde certamente  emergirão os princípios ético morais do direito, que sempre devem anteceder a utilização  de seus princípios técnicos, por vezes inadequadamente explorados pelos “malabares” irresponsáveis desta bela e importante área de atuação profissional.

Na dúvida, o que é normal neste nosso mundo atual, poderemos sempre recorrer a um antigo ditado ensinado às crianças: “Não fazer mau aos outros e e nem a  si também, eis o bem”.

Por outras inspirações e formas, podemos também falar assim:

 ..."Tudo quanto queres que os outros façam para ti faze-o também para eles..."(Cristianismo); "Não faças aos outros aquilo que não queres que eles te façam"(Confucionismo); "De cinco maneiras um verdadeiro líder deve tratar seus amigos e dependentes: com generosidade, cortesia, benevolência, dando o que deles espera receber  sendo tão fiel quanto à sua própria palavra"(Budismo); "Não faças aos outros aquilo que, se a ti fosse feito, causar-te-ia dor"(Hinduísmo); "Ninguém pode ser um crente até que ame o seu irmão como a si mesmo"(Islamismo); "Julga aos outros como a ti mesmo julgas. Então participarás do Céu"(Sikhismo); "Na felicidade e na infelicidade, na alegria e na dor, precisamos olhar todas as criaturas assim como olhamos a nós mesmos"(Jainismo); "A Natureza só é amiga quando não fazemos aos outros nada que não seja bom para nós mesmos" (Zoroastrismo); "Considera o lucro do teu vizinho como teu próprio e o seu prejuízo como se também fosse teu" (Taoísmo) e "Não faças ao teu semelhante aquilo que para ti mesmo é doloroso" (Judaísmo).








Quando começamos a perceber nossa vida dentro deste perspectiva responsável de interdependência, podemos nos considerar no estágio do casulo e lembrar Richard Bach quando escreveu “O que a larva (lagarta)chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta”.

A partir daí, harmonizando perseverança nas intenções e paciência com os progressivos, mas irreversíveis passos dentro do nosso tempo evolutivo,  caminhamos para o estágio da borboleta – nível consciencial de interdependência .

Conforme afirma Tannis Helliwell(1999), ao comentar o processo de transformação, tanto pessoal como organizacional, considerada a ampliação da consciência: ...
A iluminação ocorre quando as necessidades da personalidade individual deixam de ser tão importantes quanto a nossa preocupação com o todo. Como só podemos ser totalmente eficazes na transformação do local de trabalho e do mundo se colocarmos a nossa própria casa em ordem, esse dever ser o nosso primeiro passo. Ainda assim, não podemos esperar que nos tronemos perfeitos antes de começarmos a agir no mundo e – se permitirmos- o mundo e a vida nos transformarão diariamente, defeituosos, imperfeitos, mas com a motivação correta, devemos dar os passos que a nossa alma nos indica, mesmo que pouco claros ou confusos.”




É tempo de se livrar do “Eu” e abrir o coração para acolher o eterno “Nós”.


Vamos Voar?