Em uma das postagens anteriores, sob o título “Ser Bem Sucedido na Carreira Profissional: O
que Significa? Qual o Caminho?” afirmamos, que “...Ser bem sucedido é resultado do desenvolvimento consciente de uma
atitude positiva diante da vida, no trabalho ...no mundo...”.
Uma atitude
desta natureza é o resultado da harmonização na unidade de todo o conjunto de
nossa humanidade.
Este conjunto,
manifesta-se através da Trilogia do
Ser que somos: Corpo, Subconsciente(instinto, emoções e energia
vital) e o Consciente(a
razão e a vontade). Parafraseando Juan Ribaut, em sue livro Energia mental,
podemos comparar respectivamente estes três aspectos de nossa humanidade
manifesta a uma charrete, a um cavalo que impulsiona sem a devida consciência
dos caminhos que toma e um cocheiro que deve ter clareza quanto a direção a ser
seguida e ter firme vontade na condução do animal para que não fuja a proposta
original do trajeto previsto para a viagem existencial planejada.
Os instintos e
as emoções dão vida ao corpo. No subconsciente está a energia vital do
organismo, os mecanismos automáticos que quando em harmonia fazem com que o
corpo funcione com saúde, viajando pela vida com satisfação.
Ao consciente,
cabe a responsabilidade de comandar o conjunto. Saber o que quer e dirigir conscientemente
(com ciência, mas também com o coração) a Trilogia.
É verdade que
uma parte nossa fundamental e original de todo o processo existencial é
espiritual, mas esta só age através de nossa natureza humana, e esta tem como
base o subconsciente, motivador fundamental da vida.
Quando o
consciente orgulhoso, menospreza nossa parte animal, precisa desenvolver com
esforço “quase animal” também, uma
coisa chamada de “força de vontade”
ou quem sabe, “vontade à força”. No
entanto, em nosso processo educacional ainda predominantemente orientado dentro
do paradigma Newtoniano-Cartesiano, é normalmente considerada uma virtude.
“Há tantos erros considerados virtudes e tantas
virtudes consideradas erros” (Ribaut, 2000). A percepção humana é geralmente
dependente dos valores culturais do grupo social no qual está inserida.
Mas, para que
serve realmente esta “força de vontade”?
Há pessoas que se
levantam da cama pela manhã, comem, trabalham. Tentam dormir e até ...apenas pela “força de vontade”. Somos educados, infelizmente, para manipularmos
o mecanismo de uma máquina que não somos educados para perceber em toda sua
natureza – NOSSO
CORPO. E nem na
complexidade e sensibilidade do mecanismo automático que nele foi instalado
para a vida – NOSSO SUBCONSCIENTE.
Por isso, necessitamos
tanto desta tal “força de vontade”.
Por isso, a vida não flui naturalmente, poucas coisas fazemos com real
satisfação (interna), com alegria e prazer, tanto no âmbito de nossa vida
pessoal, como na esfera de nosso exercício profissional.
O que devemos
ter é VONTADE. Vontade
é saber o que queremos e ir atrás de nossas metas com a energia de quem foi
feito para isso. Vontade é o grande instrumento consciente, que ao invés de competir e
medir forças com as necessidades do inconsciente proporciona amadurecimento,
direção e sentido a elas. Não foi
feita para anulá-las e sim para direcioná-las.
Saber o que se quer é o papel do consciente. Concretizar o que se quer é o
papel do inconsciente, como nos icebergs
a parte oculta é extremamente maior do que a percebida da superfície.
O equilíbrio do
nosso Ser depende do desenvolvimento harmônico e interação entre estes três
fatores que o compõem; Corpo, Inconsciente e consciente.
Infelizmente,
somos educados predominantemente na limitação, tanto nos processos
assistemáticos, como nos sistemáticos de educação.
As Universidades,
por exemplo, responsáveis por nossos estudos superiores, que como tal deveriam
dar abertura a tudo que pudesse responder à evolução de nossas consciências,
muitas vezes são mantenedoras de conceitos já obsoletos, diante de uma sociedade
e mundo em acelerada transformação.
Por isso é
extremamente importante que cada um de nós assuma a responsabilidade de SER O SENHOR DE SI MESMO, não minimizando o valor ou recalcando
nenhuma destas partes que compõem a inteireza de nossa autêntica humanidade.
Como células
sócias e indivíduos profissionais comprometidos com a qualidade e resultados de
nossa intervenção, temos a responsabilidade de trabalharmos o nosso
desenvolvimento e equilíbrio pessoal, com certos resultados para o sucesso de
nossas vidas e carreiras profissionais.